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Jornalistas debatem redes sociais em curso realizado pelo Sindijornalistas

Redes Sociais como Ferramenta de Comunicação foi o tema do curso promovido no dia cinco de outubro pelo Sindijornalistas em parceria com a Arcelor Mittal Tubarão. Realizada no Radisson Hotel, a iniciativa contou com mais de 40 jornalistas e teve como instrutor o doutor em jornalismo, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenador do Laboratório de Pesquisa Aplicada em Jornalismo Digital, Elias Machado.

O conteúdo do curso, segundo Elias, foi elaborado com a intenção de discutir conceitualmente sobre o que significa o fenômeno das redes sociais e a interface que ele faz com o jornalismo. De acordo com o instrutor, as redes sociais são tão antigas quanto à história da humanidade. “A novidade são as redes sociais online”, afirma o instrutor, que citou como exemplo de redes anteriores às online as que são pautadas em interesses políticos, econômicos e de gênero, como a parada gay.

Para discutir a questão das redes sociais, Elias Machado fez um breve histórico da profissão de jornalista. “O jornalismo surgiu no século XVII e se profissionalizou no XIX, quando os jornais passaram a ser empresas. Desde então muitas mudanças ocorreram. As redes sociais online foram algumas delas, pois abriram um novo mercado e, ao mesmo tempo, fizeram com que houvesse acúmulo de função entre os jornalistas”, diz Elias Machado.

O instrutor acredita que o jornalismo vem passando pelo que ele chama de midiamorfose. “O surgimento de um novo meio de comunicação não anula aqueles já existentes. O que acontece é que os veículos que eram considerados principais passam a perder esse caráter e precisam se remodelar”, afirma Elias, que afirma que essa realidade teve reflexo no ensino das graduações de jornalismo. “Até meados dos anos 70 as faculdades formavam os estudantes para atuar em jornal impresso. Hoje se exige mais a produção de múltiplas plataformas, pois o que antes era considerado marginal, como TV, twitter e blog, agora virou necessidade”, defende.

Para o jornalista Alexandre Lemos, que trabalha na assessoria de imprensa do mandato da senadora Ana Rita, o curso Redes Sociais Como Ferramenta de Comunicação não foi meramente técnico, sendo esse um ponto muito positivo. “Foi feita uma reflexão sobre temas atuais, fazendo uma interface entre a questão das redes sociais e o momento histórico pelo qual estamos passando”, afirma Alexandre. A jornalista Fernanda Farina Fraga veio de Colatina especialmente para fazer o curso. “A iniciativa me chamou atenção por causa da atualidade do tema. A escolha do instrutor foi muito boa, pois ele transmitiu o conteúdo de forma dinâmica e fez uma contextualização muito interessante”, diz Fernanda, que é assessora de imprensa da Diocese de Colatina.

Influências das redes sociais na prática jornalística

Entre os objetivos das redes sociais na prática do jornalismo abordados pelo instrutor Elias Machado estão a divulgação de marcas, levantamento de fontes para matérias, sondagem de temas para elaboração de pautas e circulação de conteúdo para além dos jornais. “Muitas vezes os jornalistas entrevistam sempre as mesmas pessoas para falar de um determinado assunto, portanto, as redes sociais podem ser um meio de encontrar novas fontes. Elas também podem mostrar um retrato mais amplo da sociedade, fazendo com que, a partir dos temas debatidos nas redes, seja possível elencar assuntos de interesse da sociedade para serem transformados em matéria”, analisa Elias.

Também foi falado no curso sobre alguns mitos que envolvem as redes sociais, como o fato de que muitos acreditam na necessidade de estar em todas as redes sociais ao mesmo tempo. “Não é possível estar em todas. É necessário escolher aquela que é capaz de reproduzir e maximizar o resultado, inclusive, através da replicação em outras redes”, explica.