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TV Vitória (Grupo Buaiz) faz reunião presencial, mesmo com apresentador infectado por coronavírus e um caso suspeito

 

A situação na Rede Vitória, empresa de Comunicação do Grupo Buaiz, tem se agravado, desde o início da pandemia. Mesmo tendo em seus quadros, um apresentador com Covid 19 e outro em isolamento domiciliar, aguardando resultado dos exames após ter sido internado, a emissora tem praticado várias ações consideradas ilegais e desrespeitosas com seus profissionais.

Já no início de abril o grupo realizou, sem nenhuma comunicação prévia e negociação sindical, uma demissão em massa de mais de 25 profissionais. Apesar da notificação deste sindicato, a emissora não encaminhou nem sequer a relação dos demitidos e ainda tentou impedir que os profissionais fizessem a homologação com o acompanhamento sindical, o que fere a legislação trabalhista e, inclusive, tratados internacionais junto à OIT – Organização Internacional do Trabalho. Demitidos desde 3 de abril, profissionais só tiveram suas homologações realizadas esta semana, fato que infringe o prazo legal de 10 dias para entrega das documentações necessárias para o saque do FGTS e pedido do seguro desemprego.

Além disso, a emissora, em plena pandemia colocou em prática a utilização de equipamentos móveis para que o próprio profissional grave, edite e transmita reportagens, aumentando inclusive o risco de contaminação, além do acúmulo e desvio de função, obrigando assim que jornalistas realizem funções da área técnica.

“Além da sobrecarga de trabalho, a economia implica futuramente em perda da qualidade da informação e logo, na perda de audiência e anunciantes. Ao forçar que o profissional faça tudo, em tempo cada vez mais reduzido, fica humanamente impossível garantir a qualidade da informação. Além disso, aumenta o estresse e problemas de saúde, refletindo também no afastamento dos profissionais. É uma economia sem sentido. Que trará consequências graves no futuro.” comenta o coordenador-geral do Sindijornalistas, Douglas Dantas.

A falta de respeito com os profissionais durante a pandemia chegou ao ápice, nesta quarta-feira (22), em reunião, infringindo os decretos governamentais e a recomendação da Organização Mundial da Saúde. Segundo denúncias, a emissora realizou reunião presencial com dezenas de profissionais, agravando o risco de contaminação por Covid-19.

O Sindicato dos Jornalistas notificou a emissora para evitar a reunião e alerta que a empresa será responsabilizada por dano moral coletivo, em caso de contaminação de seus profissionais, e de descumprimento a normas legais sobre saúde no ambiente de trabalho.

Os profissionais também relatam a falta de máscaras suficiente. Teria sido entregue apenas duas para cada jornalista, sendo que recomenda-se a troca a cada duas horas. Considerando que a carga horária mínima é de 5h30, necessitaram de ao menos de três máscaras.

Mediante a contaminação de um profissional, e outro com suspeita, o Sindijornalistas reforça a necessidade do Grupo Buaiz garantir todas as normas de segurança e saúde fornecendo em quantidade suficientes os EPI’s, bem como realizando a testagem em todos seus funcionários para imediato afastamento dos que por ventura estiveram contaminados. Ação essa que evitará um possível foco como ocorrido em uma emissora do Rio de Janeiro que chegou a ser fechada.

Quanto ao acúmulo de função com utilização de mais um equipamento a ser higienizado, o Sindicato entende que deve ser imediatamente suspensa essa utilização.

O Sindijornalistas já esta tomando todas as medidas cabíveis, inclusive jurídicas, para resguardar todos os direitos dos profissionais.
A entidade reforça a necessidade dos jornalistas fortalecerem seu Sindicato se filiando e mantendo em dia suas mensalidades.