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Apesar de arrecadação milionária, patrões insistem em reajuste de apenas 4,92%

Levantamento realizado pelo Sindijornalistas junto aos portais da transparência, apenas o governo do Estado e as quatro prefeituras da Grande Vitória empenharam mais de R$ 60 milhões de reais para as principais redes de comunicação do Estado do Espírito Santo em 2016.

Ao contrário do alardeado pelas empresas de comunicação, a arrecadação do setor no Espírito Santo continua em alta, reflexo disso é a abertura de novos veículos de comunicação no estado nos últimos anos, como a BandNews, Jornal Metro e Record News.

Até setembro, as empresas de comunicação já haviam recebido mais de 40 milhões. Nota-se ainda que algumas prefeituras e o próprio Estado tem feito suplementações aumentando os valores já empenhados.

É preciso ainda lembrar que a esses números somam-se os valores oriundos dos anúncios das empresas privadas, das prefeituras do interior, do governo federal e de demais anunciantes públicos, como judiciário e legislativo.

No entanto, mesmo com uma arrecadação milionária, as empresas insistem em oferecer um reajuste abaixo da inflação para os jornalistas, oferecendo apenas 4,92%, quando a inflação no período entre maio/15 a abril/16 foi de 9,83%  Nas últimas reuniões de negociação com o Sertes, que representa as rádios e televisões e o Sindijores, os jornais e as revistas, o patronato continuou irredutível.

As empresas, sequer, aceitaram a proposta dos jornalistas que seria de reajuste de 4,92% retroativo a data-base de maio e pago em duas vezes e o restante da inflação do período pago nos salários de janeiro de 2017, este sem ser retroativo.

Diante do impasse com o patronato, e com os números que revelam um setor oxigenado, o Sindijornalistas, conforme aprovado em assembleia, levou ao dissídio a negociação com o patronato de jornal e impresso. E na próxima quinta-feira (3/11), às 19h, no Sindicato, realizará assembleia para repasse das negociações.

Outros estados –  Na campanha salarial em outros estados o discurso tem sido o mesmo, mas a justiça do trabalho não tem  aceito e garantido a inflação do período,  como ocorreu recentemente em São Paulo, onde a categoria conquistou, via dissídio, 10,94% de reajuste.

As contradições do patronato não ficam apenas nos números. Para um setor que se diz em crise, nota-se então a total incoerência já que as empresas continuam a bancar festas luxuosas para comemorações de seus aniversários e premiações.

O Sindijornalistas reforça que sempre existirá mercado para o bom e ético jornalismo, que atrairá público e anunciantes. Mas para isso, é fundamental a valorização do profissional da informação, os jornalistas e demais profissionais de imprensa.