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Assédio moral em A Gazeta

Jornalistas de A Gazeta têm procurado o Sindijornalistas para relatar uma situação de calamidade no ambiente de trabalho: o assédio moral. Um dos autores desse tipo de agressão, segundo profissionais da empresa, chama-se Giuliano Alvarenga, funcionário ligado diretamente ao diretor de redação, Antônio Carlos Batista Leite, o Cacá, que ordena as ações de assédio moral.

O capataz de Cacá, como Giuliano é conhecido na redação de A Gazeta, aborda os jornalistas alertando para que não façam hora extra. Além disso, os trabalhadores têm que bater o ponto quando completam as cinco horas trabalhadas (para quem é contratado por cinco horas) ou sete (para quem é contratado por sete horas). Mesmo depois de registrar o horário de saída, são obrigados a retornar para o trabalho.  

A necessidade de fazer hora extra é fruto da precarização da profissão por parte não somente de A Gazeta, mas também de outras empresas de comunicação, que trabalham com um número reduzido de profissionais diante da grande demanda de trabalho. “O jornalista não faz hora extra porque quer. O tempo de trabalho não é suficiente para executar todas as tarefas exigidas pela empresa. Um único profissional faz atividades que deveriam ser desenvolvidas por mais de um. Por isso, muitas vezes é necessário extrapolar a carga horária acordada com a empresa. A origem do problema não está no trabalhador, e sim, em A Gazeta, que se recusa a contratar profissionais, mantendo a redação com um quadro de jornalistas extremamente enxuto”, defende a presidente do Sindijornalistas, Suzana Tatagiba.

Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos e repórter de A Gazeta, Chico Pardal, bater o ponto depois das cinco ou sete horas trabalhadas não é exigido somente para quem está dentro da redação. “Em alguns casos, quando estão na rua e sabem que não terão tempo de chegar no horário exato de saída, os repórteres são obrigados a ligar para a redação para que o chefe dele, uma outra funcionária ou o Giuliano assinem o ponto. É um crime, um absurdo”, relata Chico Pardal. E os abusos por parte de A Gazeta não param por aí. Dois jornalistas que batiam o ponto no horário real de saída foram demitidos por não se submeterem às exigências absurdas da chefia da redação.

De acordo com o assessor jurídico do Sindijornalistas, o advogado André Moreira, os trabalhadores devem entrar com ação contra a empresa. “Os trabalhadores que se sentirem lesados devem procurar a assessoria jurídica do sindicato para que possamos dar as orientações jurídicas necessárias”, explica o advogado. Segundo Suzana Tatagiba, além de disponibilizar a assessoria jurídica o sindicato tomará outras providências, como denunciar a situação para a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) e ao Ministério Público do Trabalho.
Suzana alerta para a necessidade de não temer retaliações do empresariado. “Os trabalhadores não devem se submeter à situação de bater o ponto e depois voltar para o trabalho. Se todos se recusarem a fazer isso, quem sai fortalecida é a categoria, pois essa é uma atitude de união contra os desmandos do patronato”, defende a presidente do Sindijornalistas