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Assessores recusam contraproposta do Sinco em assembleia

Em assembleia realizada na sede do Sindijornalistas na manhã da última quarta-feira (8), os jornalistas que trabalham em assessoria de imprensa recusaram a proposta do Sindicato Nacional das Empresas de Comunicação Social (Sinco) em relação à convenção coletiva elaborada pelo Sindijornalistas juntamente com a categoria no primeiro semestre deste ano. Os patrões querem passar por cima de conquistas históricas, como a carga horária de cinco horas diárias. Além disso, eles defendem um piso de R$ 850,00.
Para o assessor jurídico do Sindijornalistas, André Moreira, a escolha feita pela categoria foi a decisão certa. “O trabalho do jornalista é realizado num espaço de tempo impermeável, ou seja, no qual não há nenhuma pausa para fazer qualquer outra coisa que não seja relacionada à atividade jornalística. Por isso, trata-se de um trabalho muito denso, pois a pessoa fica concentrada o tempo inteiro. Aumentar a carga horária é aumentar essa densidade e, como consequência, ampliar o nível de estresse”, explica Doutor André.
O assessor jurídico do Sindijornalistas também destacou que o aumento da carga horária acarretaria outro problema: o fim da segunda jornada. “O jornalista está submetido a um piso salarial muito baixo. Dessa forma, a solução encontrada por muitos deles para aumentar a renda é trabalhar em dois postos de trabalho. Uma pessoa que cumpre a carga horária de sete ou oito horas, por exemplo, não tem condições de assumir outra função”, afirma o advogado.
Segundo a presidente do Sindijornalistas Suzana Tatagiba o cotidiano de trabalho retratado por André Moreira é vivenciado tanto nas assessorias de imprensa quanto nas redações. “Nas assessorias, além de acompanhar o ritmo das redações para atendimento de demandas da imprensa, muitas assessores têm que fazer atualização diária de sites e, agora, com a ascensão das redes sociais, também devem alimentar constantemente esses novos meios de comunicação”, relata Suzana.
De acordo com a secretária de finanças do Sindijornalistas, Márcia Bertoldi, aumentar a carga horária dos jornalistas é passar por cima de uma conquista histórica da categoria. “A carga horária de cinco horas diárias não é nenhum privilégio concedido a nós, é um direito que conquistamos com muita luta”, afirma Márcia.
Diante da recusa dos assessores de imprensa em aceitar as propostas abusivas do Sinco, o sindicato irá manter as negociações com o patronato e continuar na luta para que nenhum direito seja retirado e, consequentemente, a qualidade de vida dos jornalistas não seja reduzida. Para isso, enviamos proposta solicitando marcação de nova rodada de negociação, e, se for necessário, poderemos acionar outros meios legais a fim de garantir condições dignas de trabalho para os jornalistas de assessoria de imprensa.