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Matéria sobre prisão de jornalista é censurada

Com a conivência do patronato das empresas de comunicação, as matérias dos colegas jornalistas sobre a prisão da jornalista Bárbara, pelo BME, durante a cobertura das manifestações, nesta tarde de sexta-feira (16), foram censuradas na maioria dos veículos de imprensa. O curioso é que as matérias sobre as manifestações que foram ao ar no mesmo dia tiveram a mesma linha e as mesas imagens – com ângulos idênticos – e pareciam editadas pelo próprio governo.  Outro fato é que a presidente da Comissão Nacional de Ética da Fenaj, Suzana Tatagiba, foi ouvida por todos os veículos, mas não entrou na edição.

A jornalista Bárbara Hora, membro da Juventude do PT, estava cobrindo as manifestações paras redes sociais, quando foi abordada e jogada ao chão por uma policial militar. Ao pegar o celular para ligar foi presa e levada para o carro do BME, em frente ao Palácio do Governo.

Membros da Comissão Estadual de Direitos Humanos e a presidente da Comissão Nacional de Ética da Fenaj ao andar pela Cidade Alta, local onde fica localizada a sede do Governo, encontraram a jornalista detida, sentada no chão ao lado do carro do Batalhão de Missões Especiais- uma das polícias mais violentas do governo Renato Casagrande, do PSB.
Advogadas do Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo foram chamadas e a jornalista foi levada presa para o DHPP da Polícia Civil. Depois de horas de espera e conversa do delegado da PC e dos militares que tiveram a coragem de acusar a jornalista de desacato – xingar e jogar pedras nos policias- e, por fim,dela representar um perigo ao policial do BME armado até os dentes, a jornalista negou todas as acusações e, após muita burocracia, foi liberada.

Governo sem palavra

Na terça-feira (13), os Sindicatos dos jornalistas, Radialistas e Observatório da Mídia da Universidade Federal do Espírito santo (Ufes) estiveram reunidos com os secretários estaduais de Segurança Pública e de Comunicação. Ouviram do secretário de Segurança, André Garcia, que os jornalistas teriam segurança nas coberturas e que todo “cidadão capixaba” poderia filmar e registrar as manifestações e seus equipamentos não seriam tomados pela polícia e nem eles correriam risco de prisão.
Ledo engano, promessa vazia. Dois dias depois a polícia militar tem a mesma atitude de sempre: atira para todos os lados, sem distinguir manifestante, população, trabalhadores e a imprensa dos vândalos.
Aliás, a Polícia Militar do Espírito Santo não prende os vândalos. Uma coisa muita estranha, não? Só os manifestantes de cara limpa são presos e autuados.