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Crescimento de 12,21% da mídia

Por José Carlos Torves – No acumulado de janeiro a agosto de 2014, a mídia cresceu 12,21%, mostrando as projeções do primeiro semestre confirmadas. Os investimentos chegaram a R$ 22,31 bilhões, conforme o Projeto Inter-Meios. Somente tiveram índices negativos: Guias e Listas, -32,53%, Jornais, -8,22% e Revistas, -13,77%.

Na comparação com o mesmo período de 2013, veja os números das demais mídias:

Cinema                                  8,15%

Internet                                 1,47%

Mídia Exterior                   30,34%

Rádio                                     6,78%

Televisão                             16,50%

TV/Assinatura                   36,09%

Nordeste é o novo eldorado do Brasil

Com mais de 54 milhões de pessoas o Nordeste ultrapassou a média nacional. O crescimento foi de 3,9% enquanto a média nacional foi de 3,6%. Hoje existem grandes investimentos em infraestrutura, tecnologia e produtividade que conjugados com a política de distribuição de renda fazem o crescimento projete índices superiores aos da economia nacional.

A expectativa para os próximos anos é que o PIB Nordestino cresça 3% ao ano enquanto a média nacional fique em 2,1% entre 2014 e 2019. Na renda também há otimismo, 4% ao ano superior a previsão de 2,8% no Brasil. Nas vendas de varejo o ritmo é o mesmo, 4% no nordeste contra 2,9% do país.

A indústria de transformação, a produção de energia e indústrias extrativas devem receber novos investimentos, pois o quadro é favorável com a perspectiva de obras de infraestrutura, incentivos fiscais dos governos estaduais e a disponibilidade dos fundos de financiamento.

Segundo o Banco do Nordeste serão da ordem de US$ 41,4 bilhões, principalmente para as três maiores economias da região: Bahia (33,33%), Pernambuco ((14,8%) e Ceará (14,1%).

Maranhão e Piauí também estão entre os estados que vão receber investimentos. Estaques da infraestrutura são a Ferrovia Trans-nordestina e Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), além da duplicação da BR 101.

O Nordeste é a região mais próxima do mercado internacional, Estados Unidos e Europa. Esta tem sido a razão para atrair novas indústrias, Suzano Papel e Celulose no Maranhão com uma fábrica que gerou 3,5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos e outra na Bahia com 1,9 mil empregos diretos e 8 mil indiretos.Também o grupo Danone em Fortaleza que gerou 300 empregos.

O porto de Suape também atrai empresas para Pernambuco, onde está a Refinaria Abreu e Lima e fator decisivo para a Fiat Chrysler seu segundo polo automotivo no Brasil. Outro ponto importante é a Refinaria Petroquímica de Suape.

Cinquenta e dois por cento dos novos empreendedores são mulheres, com mais escolaridade e um número menor de filhos. Isso fez com que o Nordeste concentre 18% das empresas brasileiras, acima de Norte e Centro-Oeste que chegam a apenas 13%. O consumo no Nordeste é de 19,5% do total do país em 2014. Destaque para Fortaleza, Recife e Salvador, se colocando na lista liderada por São Paulo e Rio de Janeiro. Setores como calçadista e moveleiro também alavancam o consumo no Nordeste. Pernambuco estreou no setor de consumo de luxo com grifes como Pravda, Armani e Versace, tudo como reflexo do crescimento das classes C, D e E, que jun tas somam 60 milhões somando uma nova classe média disposta  e com dinheiro para ir as compras.

Isto gerou um desafiante para os anunciantes, conquistar o novo consumidor da região. Sem esquecer do superaquecimento do mercado imobiliário numa região que ainda tem o maior déficit habitacional que fez da construção civil um novo gerador de empregos e impulsionou o aumento de renda, necessário para novos compradores.

Rio Grande do Norte e Paraíba vivem o mesmo fenômeno de crescimento da região. O destaque é para Campina Grande, cidade com mais de 400 mil habitantes, 55 mil estudantes, que alia projetos de parques tecnológicos e incubadoras. No RGN, Natal principalmente, tem sofrido com as administrações estadual e municipal, que de certa forma acabaram criando uma defasagem no crescimento em relação aos demais estados da região.

Resumindo, Alagoas cresceu 121%, Rio Grande do Norte 119%, Pernambuco 116% e Bahia 112%.  A sobrevivência das empresas esta acima da média nacional, de 76%, onde se localizam oito estados brasileiros. Dois deles são do nordeste: Paraíba com 80% e Alagoas com 78%. Reflexo de uma legislação favorável, altos índices de escolaridade e um mercado em expansão.

José Carlos Torves é jornalistas, sociólogo e diretor da Fenaj