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Após denúncias de Sindicatos governo autoriza estudo técnico para mudar sede da RTV

A notícia foi anunciada pela superintendente de Comunicação, Andréia Lopes, durante visita realizada, nesta terça-feira ( 23), à RTV ( Tv Educativa e Rádio Espírito Santo). A superintendente, acompanhada por uma comissão integrada por servidores do sistema e diretores dos Sindicatos dos Jornalistas, Radialistas e Sindipúblicos, se mostrou sensibilizada com as péssimas condições físicas e dos equipamentos, principalmente da TVE.

“Conversei com o governador sobre a mudança de sede do sistema RTV e ele autorizou este estudo técnico para viabilizar a transferência da Tv Educativa e também da Rádio Espírito Santo para um prédio público”, disse a superintendente.

Andréia Lopes, ainda esclareceu que este estudo técnico será feitos pelos próprios servidores da área que atuam na RTV, pois isso compreende visibilidade e link para as antenas, e outras obras de infraestrutura necessárias, principalmente no estúdio de televisão. “Não é fácil resolver, porque envolve recursos, mas o sinal verde para este estudo já é um passo para a mudança da sede”, ressaltou.

TVE, imóvel inseguro

A Tv educativa está funcionando no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza desde 1986. Há 29 anos no local as dependências da emissora aos poucos foram sendo abandonadas. Hoje, tudo é velho e anacrônico: parte elétrica e hidráulica precisando urgente de reparos, e os equipamentos, em sua maioria, defasados tecnologicamente. Este problema faz com que se percam de 20 a 30% do sinal da Tv na conversão dos equipamentos analógicos para o digital.

Os funcionários reclamam que há mais de quatro anos não é feito nenhum investimento na TVE. O próprio Corpo de Bombeiros em vistoria recente alertou que o imóvel utilizado pela TVE não oferece segurança aos seus funcionários. Também os profissionais convivem no dia a dia com pessoas – moradores de rua e viciados – que dormem, tomam banho e fazem suas necessidades no terreno da própria emissora que rodeia o Centro Cultural e que não é murado pela Prefeitura de Vitória, atual proprietária da área.

Outra grande preocupação é com o acervo histórico da Tv Educativa. São aproximadamente 36 mil horas de imagens que contam boa parte da história do nosso Estado e que podem se perder. “Vamos tentar resgatar esta memória através de parcerias com Universidades e outras emissoras de televisão para preservação do Cedoc da emissora”, disse que a superintendente.

Falta de Pessoal

Hoje a RTV conta no total com 94 servidores, sendo 59 efetivos, 35 comissionados e 36 estagiários. Em 2013, eram 112 efetivos. Nas redações – tanto da TV como da Rádio – a maioria é de estagiários. Esse quadro se deve aos processos de aposentadoria de vários servidores. Para contornar a situação de falta de pessoal, o sistema vai chamar os seus funcionários cedidos a outros órgãos públicos.

A superintendente solicitou um diagnóstico urgente sobre a situação dos funcionários e as necessidades prioritárias, mas ainda não garantiu o importante concurso público. “Não posso garantir o concurso públicos, pois todos ainda estão suspendo por decreto governamental”, informou Andréia Lopes.

Para completar este rol de problemas, o orçamento do sistema RTV sofreu uma queda brusca m 2015. De R$ 1,9 milhão ao de 2014 caiu para 89 mil para investimentos este ano. Mas, a superintendente garantiu que será feito um remanejamento caseiro nas verbas da própria Secom visando socorrer o sistema estatal de rádio e televisão.

Rádio ES

Na Rádio Espírito Santo que também terá de sair da Reta da Penha, pois o local será utilizado como terminal do BRT, a situação é um pouquinho melhor. Os problemas também são grandes, na maioria, por culpa de má gestão.

Um estúdio novinho, feito por seus servidores, não funciona ainda por falta somente de um computador. E o pior: o transmissor importado de 50 quilos, comprado há 12 anos, para potencializa o sinal da emissora, está este tempo todo dentro de um caixa sem funcionar. Motivo: o local que irá abrigar o novo transmissor, em Carapina, foi mal feito. Resultado: além da porta da “casinha” feita para guardá-lo ser pequena demais para permitir a passagem do transmissor o piso não aguenta o peso do equipamento. “Situação hilária, se o caso não fosse trágico e triste de mau uso do dinheiro público”, afirmaram os sindicalistas presentes à visita.

Por fim, ao final desta visita, Andréia Lopes deu um prazo de no máximo 40 dias para receber o estudo de viabilidade técnica do novo imóvel que poderá abrigar a RTV. Ela se comprometeu em destravar a burocracia que atrapalha boa parte das iniciativas que irão melhorar a situação da Rádio ES e da TVE.

“Não vamos montar uma RTV nova de um dia para a noite, mas mudar a sede do sistema já é um boa coisa”, finalizou a superintende de Comunicação.