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Imprensa conquista prioridade na vacinação contra a Covid-19 no Espírito Santo

Após meses de luta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Espírito Santo (Sindijornalistas/ES) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) os profissionais da imprensa foram incluídos como grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19 no Estado. A imunização deve ser iniciada nos últimos dias deste mês, ou no início de agosto, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

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O anúncio foi feito nesta segunda-feira (12) pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e detalhado na Resolução 116/2021, da Comissão Intergestora Bipartite (CIB), do Sistema Único de Saúde (SUS). A vacinação inclui somente os profissionais que estão na linha de frente no combate à pandemia.

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De acordo com o coordenador-geral do Sindijornalistas/ES, Douglas Dantas, a inclusão da imprensa entre os grupos prioritários representa uma vitória para a categoria. “Sempre defendemos a vida e não paramos de trabalhar nem sequer por um dia, durante toda a pandemia. São reportagens em hospitais, unidades de saúde, outras que mostram terminais ou ônibus lotados, só para citar alguns exemplos. Os profissionais têm contato diário com pessoas que podem ou não estar contaminadas com a Covid-19, pois a imprensa é uma atividade essencial e é fundamental que a categoria esteja imunizada”, destacou.

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Para fins da Resolução, são Trabalhadores de Comunicação Social da Imprensa: Funcionários da Comunicação Social com atuação externa, nas seguintes áreas: jornalista, radialista, cinegrafista e repórter fotográfico.

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Além do documento pessoal com foto, como documento comprobatório no ato da vacinação, será solicitado: Documento que comprove o trabalho presencial externo e o exercício profissional (declaração assinada pela empresa) e o registro da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).

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De acordo com a Resolução, para a operacionalização da vacinação, recomenda-se que a vacinação seja realizada in loco ou o município identifique serviços de vacinação de referência.

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Antes de iniciar a entrevista coletiva, ao lado do subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luís Carlos Reblin, o secretário da Saúde destacou a importância do trabalho da imprensa.

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“Gostaria de agradecer todos os veículos de imprensa e destacar o papel que estas coletivas às segundas e sextas-feiras têm cumprido no enfrentamento à pandemia em nosso Estado. Nós entendemos que a transparência adotada pelo governo do Estado, essa comunicação direta, as avaliações de cenários, essa comunicação madura e Republicana com a população e principalmente com os veículos de imprensa tem se constituído no Estado do Espírito Santo como um dos principais instrumentos de combate às fake news e a todas as mentiras e a todas as posições de negação e anticiência que têm atrapalhado o enfrentamento da pandemia no nosso País”, destacou o secretário.

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Nésio ainda destacou o reconhecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o agradecimento por parte do governo do Estado do Espírito Santo a toda a qualidade com que a imprensa tem abordado semanalmente os temas tratados nas coletivas, apresentados pela Sesa. “Isso tem se caracterizado, de fato, como uma força do Espírito Santo no enfrentamento da pandemia e faz parte na nossa avaliação de uma das características positivas do Estado no enfrentamento da pandemia”.

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Luta sindical e da categoria

Em fevereiro deste ano, o Sindijornalistas/ES e a Fenaj encaminharam ofício à Sesa, solicitando a inclusão da categoria entre os grupos prioritários para vacinação. Em maio, a categoria fez uma mobilização nas redes sociais, usando roupas azuis e publicando fotos com a hashtag #vacinaimprensa. No último dia 14 de junho, Sindicato e Fenaj reiteraram a solicitação via oficio, e, inclusive, pediram audiência com o próprio governador, Renato Casagrande, para defender, presencialmente, a vacinação uma vez que jornalistas estão diariamente expostos ao vírus em suas jornadas de trabalho.

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O decreto do governo federal Nº 10.288, de 22 de março de 2020, que regulamentou a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, define atividades e serviços relacionados à imprensa como essenciais.

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Segundo o Boletim Emprego em Pauta, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de contratos de trabalho extintos por morte do trabalhador no setor de Informação e Comunicação – no qual os jornalistas estão inseridos – cresceu 129% nos primeiros quatro meses de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020.

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O número absoluto saltou de 293 para 672, no intervalo de análise. De janeiro a abril de 2021, a quantidade de desligamentos de trabalhadores por morte no Brasil aumentou 89%, saindo de 18.580 para 35.125.