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Mais de trinta mil pessoas marcham contra a violência e o extermínio de jovens

A Igreja Católica do Espírito Santo, por meio da Pastoral da Juventude (PJ), realizou no dia 30 de outubro a Marcha Capixaba Contra a Violência e o Extermínio de Jovens. Mais de 30 mil pessoas saíram do Clube dos Oficiais, na Praia de Camburi, e seguiram rumo à Praça do Papa, onde, no decorrer de todo o domingo, aconteceram diversas atividades culturais. O ato fez parte do Dia Nacional da Juventude (DNJ).

A Marcha Capixaba Contra a Violência e o Extermínio de Jovens teve como objetivo levar a toda a sociedade o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, principalmente o extermínio de jovens. Dessa forma, busca-se avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte.

Depois da marcha teve início uma missa, cujo encerramento foi marcado pela leitura de um documento elaborado por vários movimentos de juventude e entregue ao Governador Renato Casagrande, que estava presente. O documento, lido por uma das integrantes da coordenação da marcha, a assistente social Camila Valadão, denunciou a triste realidade da juventude capixaba. “O Espírito Santo tem cinco escolas entre as dez piores no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Nos presídios capixabas, mais de 60% da população carcerária é jovem”, relatou a assistente social.

Além das denúncias, o documento apresentou propostas para mudar a situação caótica da juventude no Espírito Santo. Algumas reivindicações por parte dos jovens é a criação do Conselho Estadual da Juventude e da Secretaria Estadual de Juventude. Para a integrante da equipe de comunicação Dia Nacional da Juventude (DNJ), a jornalista Lina Chagas, o evento foi bastante positivo. “Conseguimos reunir grupos de jovens católicos de todo o Estado e, também, contamos com grupos que não eram da Igreja, como os que fazem parte de diversos movimentos sociais. Isso é muito bom, pois o nosso objetivo é promover transformação social, e sozinhos não conseguiremos alcançar nossos objetivos. Por isso, é importante unir forças”, analisa Lina Chagas.

A marcha contou com a participação de vários movimentos sociais, como o Fórum da Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes), Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Instituto Tâmo Junto, Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória (CJP) e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). A Igreja Católica realiza o DNJ desde 1985, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) promulgou o período como Ano Internacional da Juventude.