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Mulheres jornalistas discutem violência de gênero em seminário internacional

Jornalistas catarinenses e representantes da Casa da Mulher Catarina e a Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos realizam nos dias 16 e 17 de abril, em Florianópolis, o Seminário Internacional sobre Mídia e Violência de Gênero. Em pauta, o debate sobre como os crimes contra mulheres são abordados pela imprensa, e qual a repercussão dessas matérias na sociedade.

A inciativa faz parte da campanha “Jornalistas dão um Ponto Final na Violência Contra Mulheres e Meninas”. O objetivo do evento é incluir, promover e disseminar na categoria dos jornalistas profissionais e na sociedade o debate sobre relações de gênero, além de se debruçar sobre este fazer jornalístico e sobre como a mídia tem retratado e refletido sobre as questões de violência de gênero.

Convidados internacionais vão traçar um panorama da violência de gênero na América Latina, Caribe e Brasil, mas o Seminário também terá uma mesa com a participação de jornalistas brasileiras e de outros países que vão refletir sobre a violência sofrida pelas mulheres no fazer profissional.

Para a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo, Marília Poletti, debater esta questão é importante porque a imprensa tem um papel importante no enfrentamento desse tipo de crime. “Não temos conhecimento de pesquisa ou evidência de como a mídia cobre a violência contra as mulheres. Acho que na pressa da cobertura, nós mulheres jornalistas, em especial, não paramos para pensar que tipo de inflexão se deve ter nesses casos, além de denunciar o homicídio. Por isso, essa discussão é importante”, destacou. “Se possível, vamos trazer esse debate para Vitória”, completou.

– Dentre os 84 países do mundo, o Brasil ocupa a 7ª posição com uma taxa de 4,4 homicídios, em 100 mil mulheres, atrás apenas de El Salvador, Trinidad e Tobago, Guatemala, Rússia e Colômbia.  Entre os estados brasileiros, o Espírito Santo ocupa o primeiro lugar em assassinato de mulheres, seguido de Alagoas. Nos últimos 20 anos, os dois estados alternaram-se nos dois primeiros lugares, de acordo com dados do Relatório da CPMI da Violência Contra a Mulher no Brasil, apresentado em 2013.

No Espírito Santo, em 2013, os jornais apontam para 158 casos de assassinato de mulheres. A faixa etária vai de 13 a 34 anos e a maioria dos agressores são maridos ou namorados. Em 2014, nos primeiros meses, 8% dos homicídios foram de mulheres. Só em março foram cinco casos de grande repercussão. Quase todas assassinadas em suas casas por seus companheiros.

Campanha – A Campanha “Jornalistas dão um Ponto Final na Violência Contra Mulheres e Meninas” foi criada e desenvolvida através da parceria entre a Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), a Casa da Mulher Catarina, a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e a Campanha Ponto Final na Violência Contra Mulheres e Meninas. O projeto conta com o apoio do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher; Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul; Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina; Coletivo Feminino Plural; Rede de Homens pela Equidade de Gênero; e Red de Salud de las Mujeres Latinoamericanas y del Caribe (RSMLAC).

 Veja Programação do Seminário

16 de maio

• 19h – Sessão Solene de Abertura – 1ª mesa: Panorama geral da violência de gênero na América Latina, Caribe e no Brasil

• Entrega da premiação do Prêmio Nacional de Jornalismo sobre Violência de Gênero

17 de maio

• 9h – 2ª mesa: Feminismo, mídia e violência de gênero: desafios e perspectivas contemporâneas

• 14h – 3ª mesa: Jornalismo e a violência de gênero: entre a denúncia e a vivência

• 17h – 4ª mesa: Leitura e Aprovação da Carta de Florianópolis

• Encerramento

Local: Hotel Plaza Baía Norte (Avenida Beira Mar, Centro)