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Presidente da ALES recebe Sindijornalistas e se diz favorável a volta da obrigatoriedade do diploma

 No dia 17 de junho de 2009 o Supremo Tribunal Federal (STF) pôs fim à exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista. Por isso, essa data foi escolhida pela categoria para ser o Dia Nacional de Luta pelo Diploma. Desde então, em todo o país os jornalistas estão fazendo várias ações em defesa da profissão e da qualidade de informação. No Espírito Santo o Sindicato dos Jornalistas tem entrado em contato com parlamentares para garantir a obrigatoriedade do diploma na contratação de jornalistas no serviço público. Foi por meio dessa articulação que o Sindijornalistas se reuniu hoje (17) com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Élcio Álvares (DEM); e com o deputado Cláudio Vereza (PT).Na reunião o deputado Cláudio Vereza, que atuou na imprensa alternativa por meio das Comunidades Eclesiais de Base (Ceb’s) e é jornalista por formação, entregou ao deputado Élcio Álvares dois projetos de indicação. Um assegura que, no âmbito da Assembleia Legislativa, seja exigido o diploma para exercer a atividade de jornalista. O outro defende que o mesmo aconteça nos demais órgãos do Estado.

O deputado Élcio Álvares, que já atuou como jornalista, é um dos fundadores do sindicato e é filiado, mostrou-se favorável à iniciativa. “As pessoas que se mostram contra a obrigatoriedade do diploma falam do profissional formado em jornalismo como se fosse um profissional estático, quando na verdade ele teve toda uma formação que permite reflexão a respeito da atividade jornalística”, afirma o deputado.

Para a presidente do Sindicato dos Jornalistas Suzana Tatagiba a obrigatoriedade do diploma não fere a liberdade de expressão. “Não se deve confundir liberdade de expressão com qualidade de informação. Temos que prezar pela qualificação profissional. Se o jornalista não teve uma boa formação a informação transmitida por ele não será de qualidade”, explica.

Segundo a diretora de organização do Centro Acadêmico de Comunicação Social da Ufes (Cacos) Luanna Almeida Esteves, que participou da reunião, também é preciso lutar para que a decisão do STF não prejudique a qualidade de formação nos cursos de jornalismo. “É preciso discutir junto com os estudantes as novas diretrizes curriculares da faculdade de jornalismo. O Mec quer separar o jornalismo da comunicação social, ou seja, fazer com que o curso não tenha disciplinas teóricas, como se a profissão de jornalista se limitasse a uma técnica”, explica.

O projeto de autoria do deputado Cláudio Vereza que diz respeito à contratação na Assembleia Legislativa será avaliado pela mesa diretora para, posteriormente, ser votado no plenário. Segundo a assessoria de imprensa do deputado, o procedimento é feito dessa forma por ser tratar de um projeto que diz respeito à gestão administrativa da casa. Já o outro trata-se de uma sugestão dada pelo deputado ao poder executivo, cabendo ao governador acatar ou não.

Vereadores da Serra e Vitória também apresentam projetos

No dia 16 de junho a vereadora Lourência Riani (PT) também entrou com um projeto de indicação junto à mesa diretora da Câmara da Serra para assegurar que somente profissionais formados possam atuar como jornalistas no serviço público municipal. Em seu pronunciamento, a parlamentar leu a nota oficial da Fenaj sobre o Dia Nacional de Luta pelo Diploma. Na ocasião o vereador Roberto Carlos (PT) pediu a palavra para demonstrar seu apoio à luta dos jornalistas. “Eu sou geógrafo e acho inconcebível alguém entrar numa sala de aula para lecionar geografia sem ter formação na área. Penso o mesmo no caso do jornalismo. A luta do Sindicato dos Jornalistas tem meu apoio”, diz Roberto Carlos.

Em Vitória, o presidente da Câmara, vereador Alexandre Passos, elaborou um projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade do diploma para exercício do jornalismo nos poderes executivo e legislativo no âmbito municipal.