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Redes de Comunicação censuram jornalistas capixabas

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Espírito Santo recebeu denúncias que as redes de comunicação Gazeta e Tribuna estão censurando seus jornalistas.
Os profissionais estão sendo obrigados a apagarem postagens que realizam nas SUAS redes sociais pessoais, invadindo assim a privacidade do cidadão e contrariando os preceitos constitucionais da liberdade de expressão e ainda impedindo que os mesmos cumpram seu dever de informar, conforme especificado no Código de Ética dos Jornalistas.
Na Rede Tribuna, recentemente, jornalistas que questionaram fatos cometidos pelo governo Hartung foram pressionados a apagarem as postagens. Na Rede Gazeta, os profissionais que tem trazido informações sobre o risco do retorno de uma ditadura militar, bem como todas as ilegalidades que estão acontecendo durante as eleições, também foram orientados a apagarem as postagens. A mesma empresa ainda realizou uma reunião com os jornalistas reforçando essa proibição.
A atitude das empresas afronta o acórdão do  Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a liberdade de imprensa, sendo incompatível com a censura prévia (ADPF 130). “O exercício concreto da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero ou contundente, especialmente contra as autoridades e os agentes do Estado. A crítica jornalística, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é aprioristicamente suscetível de censura”. E complementa, que “para os ministros a crítica jornalística sobre esses agentes não é suscetível de censura, mas não está livre de reparação por danos morais”.
Com esse entendimento, em maio de 2018, o ministro Luís Roberto Barroso derrubou uma decisão que havia proibido uma jornalista de publicar na rede Instagram críticas ao governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB). Para o magistrado, restringir de forma desproporcional a liberdade de expressão, prejudicando toda a sociedade, contraria a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Sendo assim, o Sindijornalistas repudia a atitude das empresas e encaminhará as ações necessárias, inclusive com denúncia ao MPF onde já foi protocolado pela Fenaj uma representação contra a censura imposta pela Rede Globo a seus profissionais.
Por fim, é preciso destacar e valorizar os jornalistas que, mesmo fora de seu ambiente de trabalho, estão sempre atentos aos fatos levando informação ética e de qualidade à sociedade, o que por ora, muitas vezes incomoda as linhas editoriais ‘engessadas’ de alguns veículos de informação.