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Semana pela Democratização da Comunicação encerra ciclo de debates

O ciclo de debates da V Semana pela Democratização da Comunicação foi encerrado na quarta-feira (20). Na ocasião foi abordado o tema “Panorama do sistema de comunicação no país e balanço da primeira Conferência Nacional de Comunicação”. Mediada pela secretária geral do Sindijornalistas Sueli de Freitas, a mesa foi composta pelo integrante do Intervozes João Brant, pelo presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e coordenador executivo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) Celso Schröder e pela secretária de comunicação da Prefeitura Municipal de Vitória Ruth Reis.

De acordo com João Brant, todo o processo da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) envolveu cerca de 15 mil pessoas. Ele também fez um breve esboço do cenário pós conferência. “Após a Confecom, em janeiro, teve início a discussão do Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3), que foi taxado pelo empresariado como um atentado à liberdade de expressão por reconhecer a comunicação como um direito humano. Isso aconteceu porque a mídia não pensa a própria mídia. E quando discute sobre si mesma é para ir contra a democratização”, afirma o integrante do Intervozes.

Schröder defendeu a ideia de que é preciso fazer com que o debate sobre a democratização não fique restrito aos profissionais e estudantes de comunicação, e sim, seja levado para além desses dois grupos. Para ele, o governo não está agindo como Estado no que diz respeito à comunicação. “Ainda há uma certa submissão em relação às grandes empresas de comunicação. A Confecom indicou o que nós queremos. Portanto, é papel do Estado dar conta disso. A sociedade civil deve lutar pela implementação das discussões da Confecom”, diz Schröder.

A secretária de comunicação de Vitória Ruth Reis concordou com a posição de Schröder sobre a necessidade de mobilizar toda a sociedade em prol da democratização da comunicação. “Creio que conseguimos fazer isso durante a Conferência Estadual de Comunicação”, relata Ruth, que afirmou sentir dificuldade de colocar para os demais secretários que é necessário discutir políticas públicas de comunicação. “As pessoas normalmente têm a visão de que a comunicação tem uma função somente institucional. Esse caráter institucional é importante para garantir governabilidade, mas a comunicação não se resume e isso”, afirma.

Ruth Reis destacou algumas iniciativas da Secretaria de Comunicação de Vitória voltadas para a democratização da comunicação. Entre elas estão os cursos de capacitação para a comunicação popular, oferecidos em parceria com o Observatório de Favelas do Rio de Janeiro. Além disso, a secretária falou que a prefeitura procura destinar verbas publicitárias para pequenos veículos, levando em conta a abrangência e o número de exemplares. Na ocasião Ruth Reis distribuiu uma cartilha relatório da Conferência Estadual de Comunicação, com as propostas aprovadas para o desenvolvimento de políticas de comunicação no Espírito Santo.

A secretária geral do Sindijornalistas Sueli de Freitas defendeu uma mobilização para efetivar as propostas aprovadas pela Confecom. “Penso que um dos encaminhamentos a serem tirados daqui deve ser formalizar o que foi encaminhado na Confecom para a equipe de transição de governo. Assim a gente pode garantir uma segunda conferência e a implementação das medidas”, defende Sueli.

A programação da V Semana pela Democratização da Comunicação termina hoje com a Mostra de Vídeos Populares do CCCP Olho da Rua, às 19h, no Casarão de Paul, em Vila Velha. Hoje também haverá na Ufes oficinas de leitura crítica dos meios de comunicação, vídeo e rádio.